23 de dezembro de 2013

Tem cocaína na Coca-Cola?

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Não há nada que se compare com o frescor gaseificado e cheio de açúcar que acompanha um copo de Coca-Cola. Mas você sabia que o refrigerante, apropriadamente conhecido como “Coca”, dava um barato ainda maior no passado? Até 1903, a bebida mundialmente famosa continha uma quantidade significativa de cocaína.
Embora a empresa negue oficialmente a presença de cocaína em qualquer um de seus produtos – tanto no passado quanto no presente -, existem diversas evidências históricas que sugerem que a receita original da Coca-Cola realmente possuía cocaína em sua fórmula.


A Coca-Cola foi criada em 1886 pelo farmacêutico John Pemberton, que morava em Atlanta, nos Estados Unidos, berço da bebida. Pemberton criou o refrigerante baseando-se em um refresco francês muito popular na época, o vinho de coca, produzido a partir da mistura entre o extrato da folha de coca com o vinho Bordeaux.
Para evitar toda a dor de cabeça que se tem ao lidar com as regras de venda de bebidas, o farmacêutico resolveu misturar o extrato da folha de coca com uma calda de açúcar em vez do vinho. Ele também acrescentou o extrato de noz-de-cola, dando à Coca-Cola a segunda metade de seu nome, bem como uma sacudida extra de cafeína.



Enquanto a ideia de bebidas com cocaína em sua composição pode parecer absurda aos leitores de hoje em dia, estes produtos eram bastante comuns no final do século 19. De fato, a cocaína era legal nos Estados Unidos até 1914 - época em que a substância tinha uma variedade (por vezes questionáveis​​) de usos médicos. Acreditava-se que cocaína em pó, pílulas e tônicos de cocaína tinham o poder de curar uma diversidade de doenças, desde dores de cabeça e fadiga a constipação, náusea, asma e impotência.
No entanto, alguns anos mais tarde – em especial, em 1903 – a maré da opinião pública se voltou contra a droga amplamente usada e abusada, levando o então gerente da Coca-Cola, Asa Griggs Candler, a remover quase todo o percentual de cocaína utilizada nas bebidas da empresa. Porém, a Coca-Cola não se tornaria completamente livre da cocaína até 1929, quando os cientistas aperfeiçoaram o processo de remoção de todos os elementos psicoativos do extrato da folha de coca.

 

Apesar de a receita moderna da bebida ser um segredo da empresa altamente valorizado e guardado a sete chaves, há razão para se acreditar que a bebida ainda contenha o mesmo extrato de folha de coca não narcótico de 1929. Segundo o jornal estadunidense “The New York Times”, a Companhia Coca-Cola continuou importando folhas de coca do Peru e da Bolívia até pelo menos o final da década de 1980.

12 de dezembro de 2013

Como ter grandes ideias com mais frequência

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Você provavelmente teria evitado muitos problemas se ideias geniais tivessem surgido na hora certa (e não dias depois de você ter optado por uma solução não tão fantástica). Felizmente, a ciência pode lhe ajudar a aumentar sua cota de ideias – e, quem sabe, evitar algumas dores de cabeça daqui para frente.
Em primeiro lugar, é importante dizer que aquela história de que “o hemisfério esquerdo do cérebro é mais analítico e o direito, mais criativo” não é bem verdade: as três principais áreas responsáveis pela criatividade se encontram nos dois hemisférios.


Na década de 1960, cientistas analisaram pacientes que tiveram a ligação entre os hemisférios cerebrais (chamada “corpo caloso”) cortada e viram como cada um funcionava isoladamente. Sem comunicação direta, eles passavam a impressão de que as tarefas de análise e criatividade estavam separadas, dando origem ao mito que persiste desde então.

A trindade das ideias

As três principais áreas responsáveis pelo pensamento criativo são a “rede de atenção”, a “rede de imaginação” e a “rede de atenção flexível”. Trabalhando em conjunto, elas nos ajudam a coletar informações, encontrar vínculos e analisar o resultado final.
A primeira delas está por trás da nossa capacidade de focar em uma atividade ou elemento (seja ele um problema ou um discurso, por exemplo); a segunda cuida da nossa capacidade de imaginar situações futuras, recordar coisas que já ocorreram e construir outros tipos de imagens mentais; e a terceira, está ligada a nossa capacidade de monitorar o ambiente ao nosso redor (e em nossa mente) e de decidir qual das outras duas áreas deve permanecer mais ativa em cada situação.

Fábrica de ideias

James Webb Young, autor do livro A Technique for Producing Ideas (“Uma Técnica para Produzir Ideias”), ressalta que o entendimento sobre o processo de geração de ideias “exige um árduo trabalho intelectual, por isso nem todos que o aceitam o utilizam”.
Ele resume esse processo (fácil de explicar, mas difícil de absorver) em dois componentes centrais: as ideias (que seriam, nada mais, nada menos, que novas combinações de antigos elementos), e a capacidade de enxergar relações nem sempre claras entre elementos.
Para facilitar as coisas, o primeiro passo é criar um inventário mental com diversos elementos (palavras, sons, cores, expressões faciais, texturas, sabores etc).

O segundo é tomar consciência dos problemas que precisamos resolver para, em seguida, parar de pensar neles – algo que parece contraditório à primeira vista, mas que permite que o subconsciente encontre ou estabeleça conexões entre os elementos.
Se você puder relaxar enquanto isso, melhor ainda, pois as chances de sua mente trabalhar de forma criativa serão maiores. Isso exige uma boa dose de confiança e treinamento.
Por fim, é chegada a hora de analisar as ideias resultantes. “Não cometa o erro de proteger demais sua[s] ideia[s] nessa fase”, aconselha Young. “Submeta-a[s] a uma crítica sábia”.
Assim, você não apenas consegue deixar de lado ideias que não são proveitosas, mas também pode descobrir ainda mais conexões e, quem sabe, “polir” ideias que não eram aproveitáveis no início.
Como todo treinamento, os desafios devem lhe ajudar a se fortalecer, e a cada superação a criatividade estará mais forte e mais propensa a se manifestar em boa hora.
Em tempo: não tenha medo das ideias “ruins”, pois elas são indício de que sua mente está trabalhando, e no meio delas (quase) sempre há alguma que merece ser colocada em prática.

 Fonte: Hypescience.com
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