Um colega meu me disse que eu jamais pisei na Bolívia, ele deve ter razão apesar de acreditar em mim.
Não que eu me vanglorie em ter andado por cinco dias na terra de Simon Bolivar, mas ele, o meu colega, tem razão.
Eu nunca paguei R$ 4,00 por um bilhete para atravessar o Rio Guaporé em Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil até Guayaramerín, Beni, Bolívia.
Eu nunca andei numa moto um triciclo com estofado de corações táxi para três pessoas do porto até o Terminal de Buses em Guayaramerín.
Eu nunca bebi Triny de naranja, o refrigerante mais popular da Bolívia depois da Coca-Cola, gostoso, mas acho que me deu diarreia.
Eu nunca comi vários tipos de pão em Riberalta, por não ter achado comida "aceitável" ao meu paladar educado a arroz com feijão.
Eu nunca beijei Silbana Carola na última poltrona às 2 da madrugada num ônibus em meio à Selva Amazônica da Bolívia Ocidental.
Eu nunca conversei com um funcionário da estatal Entel S.A. (Empresa Nacional de Telecomunicações Bolívia), sobre como é fácil comprar entorpecentes (de todos os tipos) em Cochabamba.
Eu nunca troquei palavras em inglês, português e espanhol com Liz Andrea Vaca Saavedra, uma menina do 6º Ano e 10 anos de idade, inteligentíssima que me impressionou ao mostrar que sabe mais da língua inglesa que muitos alunos do 3º Ano do ensino médio no Brasil.
Eu nunca fui barrado pela Interpol (Polícia Internacional) no Terminal Bimodal (estação de Trem e Rodoviária) em Santa Cruz de la Sierra num frio de 12º C.
Eu nunca fiz câmbio de Real (R$) por Boliviano (Bs): R$ 1,00 por Bs 3,50.
Não que eu me vanglorie em ter andado por cinco dias na terra de Simon Bolivar, mas ele, o meu colega, tem razão.
Eu nunca paguei R$ 4,00 por um bilhete para atravessar o Rio Guaporé em Guajará-Mirim, Rondônia, Brasil até Guayaramerín, Beni, Bolívia.
Eu nunca andei numa moto um triciclo com estofado de corações táxi para três pessoas do porto até o Terminal de Buses em Guayaramerín.
Eu nunca bebi Triny de naranja, o refrigerante mais popular da Bolívia depois da Coca-Cola, gostoso, mas acho que me deu diarreia.
Eu nunca comi vários tipos de pão em Riberalta, por não ter achado comida "aceitável" ao meu paladar educado a arroz com feijão.
Eu nunca beijei Silbana Carola na última poltrona às 2 da madrugada num ônibus em meio à Selva Amazônica da Bolívia Ocidental.
Eu nunca conversei com um funcionário da estatal Entel S.A. (Empresa Nacional de Telecomunicações Bolívia), sobre como é fácil comprar entorpecentes (de todos os tipos) em Cochabamba.
Eu nunca troquei palavras em inglês, português e espanhol com Liz Andrea Vaca Saavedra, uma menina do 6º Ano e 10 anos de idade, inteligentíssima que me impressionou ao mostrar que sabe mais da língua inglesa que muitos alunos do 3º Ano do ensino médio no Brasil.
Eu nunca fui barrado pela Interpol (Polícia Internacional) no Terminal Bimodal (estação de Trem e Rodoviária) em Santa Cruz de la Sierra num frio de 12º C.
Eu nunca fiz câmbio de Real (R$) por Boliviano (Bs): R$ 1,00 por Bs 3,50.
Eu nunca paguei Bs 400,00 no Escritório de Imigração de Riberalta por ter "invadido a fronteira" com possibilidade de ser deportado, e depois o agente do escritório de deu uma Permiso para 30 dias.
Eu nunca tirei foto em duas praças de Trinidad com duas bolivianas loucas por tirar "foto", "foto", "foto", "foto", "foto"...
Eu nunca atravessei o Rio Mamoré de balsa todo empueirado depois de passar uma noite inteira dentro de um ônibus desconfortável.
Eu nunca assisti o jogo das oitavas de final da Copa 2010 do Brasil contra o Chile na Praça 24 de Septiembre no centro de Santa Cruz de la Sierra lotado de gente do mundo inteiro.
Eu nunca tomei café (o da Bolívia é um dos melhores das Américas) sentado à beira da estrada em San Vicente bem cedinho e com cara de sono.
Nunca fiz nada disso, aliás, passei minhas férias de junho dormindo, em casa. Nem mesmo quando voltava para o Brasil, eu jamais tive de mostrar todo o conteúdo de minha bagagem à polícia na fronteira, duas vezes por sinal.
É, meu colega tem razão, eu deveria ter continuado no trabalho, assim eu jamais teria passado por experiências tão boas e aproveitáveis, eu jamais teria saído do Brasil, jamais teria conhecido outra cultura tão diferente da minha, ou seja, jamais teria vivido.
Eu nunca tirei foto em duas praças de Trinidad com duas bolivianas loucas por tirar "foto", "foto", "foto", "foto", "foto"...
Eu nunca atravessei o Rio Mamoré de balsa todo empueirado depois de passar uma noite inteira dentro de um ônibus desconfortável.
Eu nunca assisti o jogo das oitavas de final da Copa 2010 do Brasil contra o Chile na Praça 24 de Septiembre no centro de Santa Cruz de la Sierra lotado de gente do mundo inteiro.
Eu nunca tomei café (o da Bolívia é um dos melhores das Américas) sentado à beira da estrada em San Vicente bem cedinho e com cara de sono.
Nunca fiz nada disso, aliás, passei minhas férias de junho dormindo, em casa. Nem mesmo quando voltava para o Brasil, eu jamais tive de mostrar todo o conteúdo de minha bagagem à polícia na fronteira, duas vezes por sinal.
É, meu colega tem razão, eu deveria ter continuado no trabalho, assim eu jamais teria passado por experiências tão boas e aproveitáveis, eu jamais teria saído do Brasil, jamais teria conhecido outra cultura tão diferente da minha, ou seja, jamais teria vivido.
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