Em vários filmes Hollywood coloca alguma coisa incomum, um objeto para celebrar as realizações dos atores, mas um tanto quanto, pouco celebrados. Embora em silêncio e às vezes sutis, esses objetos inanimados roubou o show nos filmes.
Seja um chapéu, um óculos, um saco de plástico ou até mesmo um guarda chuva voador sempre faz o Cinema ficar mais emocionante, divertido, ou um ótimo complemento para a trama. Porém há um desses objetos que sempre volta em minha memória, seja em conversas com amigos, seja em lista de filmes: a bola de Voleibol do filme Náufrago com Tom Hanks, Wilson.
Quem em Hollywood teria pensado em fazer um filme onde Tom Hanks sozinho em uma ilha não tem ninguém para dialogar? Talvez um fã do Silêncio. De qualquer forma, Hanks teve que atuando com a câmera apenas para ele. Até que seu famoso "amigo", Wilson, a bola de vôlei foi a solução que Chuck, o personagem de Hanks, encontrou para solucionar sua solidão, não para o diálogo, pois só o náufrago fala, mas ainda assim um amigo. Pintando um rosto na bola, ele cria um companheiro.
Depois de cortar a mão e deixar uma imagem manchada de sangue na parte da frente uma bola de vôlei Wilson, o personagem de Tom Hank encontra conforto na adição de olhos, nariz e boca para esta bola. Depois de muito tempo, ele acrescenta "cabelo" ao seu amigo.
Isto prova que Náufrago é, de fato, um excelente filme, mesmo que com pouquíssimos diálogo, pois é difícil fazer um filme que segure a plateia com duas horas sem conversa, e ainda captar uma afinidade entre um homem e uma bola.
Por: Antonio César
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