De tempos em tempos, a Terra passa por grandes tragédias. Algumas, como a que se abateu sobre o Permiano, 145 milhões de anos atrás, destruíram 90% das espécies.
Mesmo tão marcantes, esses eventos nem sempre são fáceis de estudar e nenhum deles tem uma explicação definitiva.
Apesar de ser um fenômeno usual (considerando o tempo geológico), houve diversos eventos de extinção massiva particularmente violentos (ver lista em baixo), que vitimaram mais de metade das formas de vida. Estes episódios estão normalmente associados à formação ou divisão de supercontinentes, isto é, quando no decurso da deriva continental várias massas de terra se juntam para formar um único continente, ou quando este se separa noutros.
A extinção permotriássica, por exemplo, ocorreu durante a formação da Pangea e a extinção K-T está associada à abertura do Oceano Atlântico. E Três extinções, inclusive as duas maiores, estão associadas a grandes áreas de rochas depositadas após erupção vulcânicas. As explicações para estas extinções em massa são quase tão numerosas (e opostas) quanto os cientistas que especulam sobre elas.
Extinção é um processo constante, exigindo uma adaptação contínua das espécies mesmo na melhor das épocas. Os biólogos acreditam que este é um dispositivo que abre continuamente os nichos para espécies novas, abastecendo desse modo o motor da seleção natural e do crescimento da diversidade biológica, que sempre cresceu, mesmo que não continuamente, desde a primeira explosão de vida animal no Cambriano, há 540 milhões de anos.
Caso as extinções não tivessem ocorrido, a vida na Terra tomaria um rumo completamente diferente – e é provável que a espécie humana nem surgisse. Além disso, é bem provável que neste exato momento estejamos próximos de uma dessas grandes extinções.
Caso as extinções não tivessem ocorrido, a vida na Terra tomaria um rumo completamente diferente – e é provável que a espécie humana nem surgisse. Além disso, é bem provável que neste exato momento estejamos próximos de uma dessas grandes extinções.
Após as Algas
600 milhões de anos atrás
A explosão do Cambriano foi "a grande
explosão" da vida animal. Foi quando o oxigênio atmosférico aproximou-se
aos níveis atuais e surge uma enorme diversidade dentro de alguns poucos
milhões de anos.
Principais afetados - Trilobitas – ancestrais de
insetos e aracnídeos.
1ª explicação - Uma forte redução no nível do mar
eliminou o habitat das espécies de águas rasas.
2ª explicação - Mudanças nas correntes marítimas
jogaram muitas das espécies em águas frias e sem oxigênio.
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ORDOVICIANO
(entre 440 e 450 milhões de anos atrás)
(entre 440 e 450 milhões de anos atrás)
Logo depois que as primeiras plantas terrestres
apareceram, o primeiro evento principal de extinção eliminou muitos tipos de
trilobitas e outras formas de vida invertebrada marinha.
A extinção ocorreu no final do período e é
considerada a segunda mais devastadora a afetar comunidades marinhas na
história da Terra. Estima-se que 85% das espécies - mais de 100 famílias de
invertebrados - teriam desaparecido.
Principais afetados - Invertebrados marinhos
1ª explicação - Glaciação acabou com espécies por
conta do frio.
2ª explicação - O gelo acumulado nos continentes
reduziu o nível do mar e eliminou habitats.
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DEVONIANO
(há cerca de 350 milhões de anos, no final do período Devoniano)
(há cerca de 350 milhões de anos, no final do período Devoniano)
Após o aparecimento dos primeiros insetos sem asa,
dos peixes com armadura (Pteraspideos) e dos anfíbios (Icthyostega), uma onda
de extinção eliminou muitos invertebrados, corais e placodermos marinhos
(peixes primitivos).
Foram identificados, pelo menos, dois eventos de
quase-extinção em um intervalo de aproximadamente 10 milhões de anos. Estima-se
uma perda de 27% das famílias - de 70 a 80% formada por espécies de organismos
marinhos.
Principais afetados - Peixes
1ª explicação - Aquecimento, seguido de rápida
glaciação, associado a uma diminuição do oxigênio nos oceanos.
2ª explicação - Há evidências de um grande impacto
de asteroide no período.
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PERMIANO
250 milhões de anos atrás
250 milhões de anos atrás
Répteis, como o Dimetrodon (que não é um
dinossauro), transformaram-se nos animais terrestres dominantes, mas antes, a
extinção mais severa causou o desaparecimento de grupos inteiros de animais,
incluindo trilobitas e alguns répteis semelhantes a mamíferos.
Acredita-se que até 96% das espécies que viviam nos
oceanos desapareceram. As terrestres teriam sofrido um pouco menos, mas
estima-se que em torno de 70% desses seres tenham desaparecido (número não
consensual entre cientistas).
Principais afetados - Répteis anteriores aos
dinossauros
1ª explicação - Um derramamento de lava onde hoje é
a Sibéria causou a maior de todas as extinções.
2ª explicação - Um asteroide com mais de 6
quilômetros de diâmetro se chocou com a Terra.
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CRETÁCEO
65 milhões de anos atrás
65 milhões de anos atrás
Tubarões, tais como aqueles que vivem até hoje,
sobreviveram à extinção muitas vezes atribuída a um impacto de asteroide, mas
dinossauros (à exceção dos possíveis ancestrais das Aves), répteis marinhos e
voadores, não.
Principais afetados - Dinossauros
1ª explicação - Um asteroide de mais de 10 quilômetros
de diâmetro próximo a onde hoje é o Golfo do México.
2ª explicação - Há indícios de fortíssima atividade
vulcânica no período, com consequências semelhantes ao impacto do asteroide.
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HOLOCENO
Hoje
Hoje
No último milésimo de segundo do tempo geológico em
que a humanidade andou pela terra, as taxas da extinção começaram a elevar-se
em torno de 100 vezes ou mais do que era antes de 10 mil anos, quando o homem
se organizou em cidades e aumentou sua população.
Para muitos cientistas, a questão é a seguinte: se a população de seres humanos duplicar neste século (uma estimativa subestimada), haverá lugar para mais quantas outras espécies?
Para muitos cientistas, a questão é a seguinte: se a população de seres humanos duplicar neste século (uma estimativa subestimada), haverá lugar para mais quantas outras espécies?
Principais afetados - Plantas e animais
1ª explicação - Ação do homem, principalmente na
destruição de habitat, migração de espécies e mudanças climáticas.
2ª explicação - Maior atividade solar pode explicar
parte das mudanças climáticas.
Fontes:
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