Não há nada que se compare com o frescor gaseificado e cheio de
açúcar que acompanha um copo de Coca-Cola. Mas você sabia que o
refrigerante, apropriadamente conhecido como “Coca”, dava um barato
ainda maior no passado? Até 1903, a bebida mundialmente famosa continha
uma quantidade significativa de cocaína.
Embora a empresa negue oficialmente a presença de cocaína em qualquer
um de seus produtos – tanto no passado quanto no presente -, existem
diversas evidências históricas que sugerem que a receita original da
Coca-Cola realmente possuía cocaína em sua fórmula.
A Coca-Cola foi criada em 1886 pelo farmacêutico John Pemberton, que
morava em Atlanta, nos Estados Unidos, berço da bebida. Pemberton criou o
refrigerante baseando-se em um refresco francês muito popular na época,
o vinho de coca, produzido a partir da mistura entre o extrato da folha
de coca com o vinho Bordeaux.
Para evitar toda a dor de cabeça que se tem ao lidar com as regras de
venda de bebidas, o farmacêutico resolveu misturar o extrato da folha
de coca com uma calda de açúcar em vez do vinho. Ele também acrescentou o
extrato de noz-de-cola, dando à Coca-Cola a segunda metade de seu nome,
bem como uma sacudida extra de cafeína.
Enquanto a ideia de bebidas com cocaína em sua composição pode
parecer absurda aos leitores de hoje em dia, estes produtos eram
bastante comuns no final do século 19. De fato, a cocaína era legal nos
Estados Unidos até 1914 -
época em que a substância tinha uma variedade (por vezes
questionáveis) de usos médicos. Acreditava-se que cocaína em pó,
pílulas e tônicos de cocaína tinham o poder de curar uma diversidade de
doenças, desde dores de cabeça e fadiga a constipação, náusea, asma e
impotência.
No entanto, alguns anos mais tarde – em especial, em 1903 – a maré da
opinião pública se voltou contra a droga amplamente usada e abusada,
levando o então gerente da Coca-Cola, Asa Griggs Candler, a remover
quase todo o percentual de cocaína utilizada nas bebidas da empresa.
Porém, a Coca-Cola não se tornaria completamente livre da cocaína até
1929, quando os cientistas aperfeiçoaram o processo de remoção de todos
os elementos psicoativos do extrato da folha de coca.
Apesar de a receita moderna da bebida ser um segredo da empresa altamente valorizado e guardado a sete chaves, há razão para se acreditar que a bebida ainda contenha o mesmo extrato de folha de coca não narcótico de 1929. Segundo o jornal estadunidense “The New York Times”, a Companhia Coca-Cola continuou importando folhas de coca do Peru e da Bolívia até pelo menos o final da década de 1980.
[Vi no Hypescience.com e Livescience.com]
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