23 de novembro de 2009

Elogios

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Hoje recebi um elogio. Daí eu pensei o que realmente se tratava ser um elogio, ao menos no meu ponto de vista. Assim reformulei, mais uma vez, coisas que estão sempre a modificar-se pela simples e adorável ocasião de contado com pessoas sábias e desta vez foi isso, o porquê de Elogios.
Fiquei pensativo após tão poucas palavras e efêmero instante dessa troca de "afeto". Um elogio é como um reconhecimento, mas acabei por achar que é muito mais que isso. É como um título que você o fez por merecer e portanto deve ter o apreço por tal reconhecimento. Então pensei nas coisas não tão admiráveis que fiz e ainda faço e coloquei-me a prova de qualquer elogio que possa receber e senti incoveniente qualquer elogio a minha pessoa. No entanto se o recebi tenho de dar-lhe o devido respeito e manter a minha compostura. Acho que isso é ser Adulto, uma pessoa descente, de princípios, moral, educada, sábia e não simplesmente mais um Adulto.

Lama e poeira = falta de pavimento e mais alguma coisa

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Sabemos que todo ano a chuva cai e nossas ruas de nossos bairros ao lado do setor comercial, mais conhecido como centro viram um lamaçal. E os bairros um pouco mais distantes então? Deve ser um verdadeiro rally para seus moradores percorrer de suas casas até seus trabalhos ou qualquer lugar que precisem ir. Livramo-nos da poeira que deixa nossas roupas amareleças, e torcemos para não sermos lavados pela água de uma poça bem localizada no canto de uma rua.

Assim como a música do Pato Fu, em época de “seca” às vezes lembramos que a água um dia vai cair, e aqui vai virar um lamão. Até parece que visitaram nossa cidade antes de fazerem esta música. Enquanto isso, vez ou outra, no setor comercial vê-se asfalto ser jogado em cima de asfalto onde não tem tanta necessidade. Como será que certas políticas são eleitas em preferência a outras mais urgentes? Qual será o método, a avaliação, os quesitos para escolherem tão mal como fazer seus trabalhos públicos?

Não dá para dizer que somos civilizados ao ver uma das principais cidades do estado e da região, em dados momentos, ser comparada às cidades do velho oeste. Isso durante a seca. Quando começa o período de chuva, a cidade lembra mais a um rio e seus afluentes transbordando em todas as direções.

Quando vão fazer asfalto no meu bairro?, e o bairro existe desde que a cidade começou, e eu pago se for preciso. Só não quero mais atolar meu veículo ou ter de limpar a lama das visitas trazidas por seus calçados ou ver meu filho doente (doença respiratória na maioria das vezes) por causa da poeira ou ter de limpar todo dia a mesma poeira em meus móveis. Até quando?

Alguns referem à cidade como a capital da região, mas uma capital tão desestruturada, onde apenas o setor comercial é bem cuidado. Nem quero pensar na improvável divisão do estado, seria o que podemos dizer da situação da poeira e da lama: uma calamidade.

Todavia, nem tudo é mal direcionado, alguém criou um dia uma Lei que obriga os novos loteamentos a iniciarem com energia, água encanada e é claro o pavimento. Quem sabe em alguns anos (tomara não ser décadas), este texto seja apenas uma lembrança da velha cidade que ficou para trás no tempo.

16 de novembro de 2009

Um amigo de estimação

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Uma noite eu tentava dormir, mas meu cachorro – que na verdade não é meu, é da família que foi embora cada um para um lugar diferente e sobrei eu para cuidá-lo –, não parava de latir atrapalhando meu sono. Demorei quase meia hora para perceber que tinha trancado o irrequieto animal dentro de casa, nem percebi quando chaveei a porta que ele tinha entrado sorrateiramente para dentro de um dos quartos.

Bom, meu cachorro às vezes “se acha” dono da casa, uma vez ele me olhou como se fosse meu dono. Ainda mais com o nome imponente que tinha recebido: Luke Skywalker. Ora, inverter os papéis não é coisa que um cachorro deve fazer. Mas se bem que acho aceitável para ele. Eu percebi que alguns cães nem podem ser chamados de animas irracionais, são mais inteligentes que muitos homo sapiens que conheço.

Quando não tinha muro em casa, ele que gosta de dar suas voltinhas, pulava a cerca de balaustra e sumia por dois, algumas vezes três dias. Um dos motivos para fazermos o muro foi prendê-lo em casa, suas saídas se convertiam em voltas sujas, mal cheirosas e às vezes mancando por causa de alguma pedrada recebida de alguns homo não tão sapien. Porém, nós em casa, achando que tinha resolvido tal problema, percebemos o Luke usar de sua alta inteligência ao abrir o portão empurrando-o com seu focinho.

Lá vai a gente comprar cadeado. Que resolveu o problema por alguns meses, até ele descobrir, podia pular o muro, tenho até uma foto para provar. Eu tinha brigado com minha mãe por deixá-lo escapar e ela jurou que não tinha feito isso. Arrependi-me ao vê-lo andando sobre o muro. Quem me dera se metade das pessoas com quem interajo usasse metade da inteligência deste cão.

Eu sempre falo que depois que o Luke morrer, nunca mais terei um cachorro, dá muito trabalho, prefiro gatos que sabem se virar sozinhos. Contudo é bom ter um cachorro em casa, ainda mais quando ele te ama mais que aquela menina que morria de paixão por você quando era adolescente e melhor, o Luke odeia com todo o coração de animal irracional (ou racional, sei lá), qualquer pessoa que não seja da família. A não ser dois ou três amigos que ao morarem em minha casa tiveram de conquistá-lo a todo o custo.

Mas quando ele morrer, vou lembrar com um pouco de melancolia minhas irresponsabilidades como dono forçado quando esquecia de colocar água para ele e entrava com toda a sede quando eu abria a porta de casa ao voltar do trabalho dessa forma indo direto ao vaso do banheiro beber água – me dava uma grande tristeza por ele, e uma enorme raiva de mim –, me lembrarei com alegria das divertidas vacinas anuais e dos momentos de brincadeira assustadora que só nós dois sabíamos que era coisa de amigos.

9 de novembro de 2009

Meu braço direito e sua teimosia em se deslocar

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Outro dia eu estava visitando uns amigos em sua casa nova. A casa é uma maravilha, parece um sonho se for comparar a um ano atrás. Um deles me respondeu que nem tinha como comparar e concordo em gênero, número e grau. Mas certas coisas não têm como esquecer, pois de repente me deu uma vontade de entrar na piscina e relembrar nem que fosse por alguns minutos a época em que eu conhecia cada pedaço do Rio Cuiabá, pelo menos no pedaço que banhava o bairro Ponte Nova em Várzea Grande.

Pena que poucos minutos depois enquanto eu mergulhava e me exibia dentro da piscina meu braço direito desloca e a brincadeira acaba tão subitamente quanto começou. A dor era tanta e eu não entendia o motivo de o braço não voltar ao lugar, sendo que toda vez que isso acontecia em menos de cinco minutos tudo estava normal, ou quase (ainda doía um pouquinho por alguns minutos mas nada grave). Tiveram de me levar ao Pronto Atendimento. Eu, que quase nunca ficava doente, ser levado às pressas a um lugar desses não uma coisa muito agradável.

Um dia, lá no bairro Ponte Nova, em Várzea Grande, no topo de uma árvore – moleque adora uma “arte” – escorreguei e caí, mas segurei no galho de baixo com a mão direita. Meu braço nunca tinha doido tanto. Depois deste episódio, em tempos esporádicos ao movimentar o braço direito eu sentia uma dor parecida com a daquele dia que com o passar dos anos foi aumentando a dor e diminuindo o período em que tal fato ocorria.

Quando deslocou pela primeira vez não foi difícil colocar no lugar. Hoje recorro a piadas feitas para mim mesmo, para não chorar, quem manda a gente envelhecer, não é mesmo? Ainda mais quando o médico diz que só uma cirurgia pode fazer este problema desaparecer – ô tristeza –, mas seria tão bom eu poder jogar taco outra vez. É um pouco triste saber que envelhecemos, mas é a vida, fazer o quê?

Gostaria de fazer como meus amigos em sua casa nova, esquecer o passado, mas como?, se cada vez que movimento meu braço direito de forma brusca, relembro aquela queda que me acompanhará o resto de minha vida.

Mas não me importo com isso, o que quero agora e visitar outra vez meus amigos e dessa vez não sair da piscina até esquecer ou fazer piada daquele dia, é claro tomando cuidado para não acontecer outra vez e pensando apenas no que importa com tudo isso: rir, nem que seja de nossa própria desgraça.

16 de setembro de 2009

Viver (ou morrer) à deriva

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Viver é muito difícil,
E morrer não é tão fácil.
E agora o que eu faço?
Estou numa via sem saída.

Vou tirar férias da vida,
E me esconder numa cavidade à deriva.
E agora como eu faço?
Estou abundante de fadiga.

Vi um menino nascer,
E um velho estou vendo morrer.
E agora, penso ou faço?
Estou confuso, dúvida.

Preciso me despir deste sentimentalismo que aflora meu fígado.
Preciso emergencialmente me irracionalizar outra vez.
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