14 de dezembro de 2009
Minha visão do Feedback


Ser ou Não Ser de Ninguém?


"Se o Homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro."
Tem dois lugares onde posso colocar a vírgula e mudar quem tem o valor nessa história. Mas a mídia a coloca onde bem entender.
Hoje todos se vangloriam de quantos(as) pegou, partilham de assuntos do íntimo como um horóscopo do dia, fazem mesmo sabendo que é errado, não querem ser de ninguém mas querem ser de todo mundo. Se tem um Homem que pega todas é visto com "bons" olhos, as vezes até mesmo por Mulheres. Se uma Mulher que pega todos é vista com olhos "não tão bons", mas parece que elas estão lutando para mudar o valor disso e serem vistas como os Homens também. No entanto não só Mulheres, pois os Homens perderam o seu devido valor e vejo que elas seguem o mesmo caminho. Não que esteja generalizando, é que tudo hoje parece uma rede de interesses nada recíprocos. Procuram um tipo de felicidade individual e o materialismo e o status são coisas primárias para dar início a um relacionamento do tipo "individual", pois esse é o tipo de relacionamento que mais se encontra no bar da esquina, faculdades, igrejas ou em qualquer balada na Night. Banalizaram tudo, banalizaram o "Eu Te Amo", banalizaram as "Rosas Roubadas", banalizaram as "Serenadas", banalizaram as "Cartas de Amor", banalizaram cada um de nós e não estamos nem aí para isso. Ingenuidade pode até ser falta de Esperteza, mas dizer que é Esperto quem se aproveita da ingenuidade de outros é falta de inteligência e um tremendo desrespeito. Vez ou outra vemos por aí falando que o povo brasileiro é esperto. Pode até ser, mas tá faltando inteligência. A internet é uma das maravilhas nesse mundo, pode ser destrutiva ou construtiva depende de quem a usa. É comum encontrarmos comunidades ou fóruns sobre determinados assuntos com alguns cliques e se você se interessar basta entrar. Imagino a mesma coisa quanto se procura a "Cara Metade", tem que ser alguém interessante de acordo com a expectativa de cada um, mas aí vem aquela coisa, banalizaram todos, você se cansa de procurar, acaba banalizando seus interesses e fica assim, "como alguns cliques". na esperança de encontrar "algo que se preze". A internet tem disso filtra o que você quer, pois acaba criando um convívio virtual com pessoas que dispões de ideias parecidas com as suas mesmo que a grandes distâncias, mas fazer isso no mundo real é bem mais complicado.
Existem coisas que são praticamente congênitas, são conselhos, são erros de outros, são "fatos históricos", mas ainda assim é como se cada um quisesse provar desse gosto. Não precisa errar para descobrir que é errado se sabe que isso é errado. Errar sim, mas quando se tem certeza que isso vale a pena. São inúmeros fatores que pesam numa tomada de decisão. Pessoas pode mudar de comportamento, alguém que podia ser considerado não tão interessante, passa ser dependendo das circunstâncias, vai que fulano(a) se apaixonou a primeira vista e ficou ainda mais enamorado ao conhecer-lá de tal forma que resolve mudar o seu comportamento e revê seus valores? Outra coisa é impor limites a corpo de alguém, ainda mais quando é sexualmente ativo, e esse sim acho que deveriam se dar o devido valor, pois a gente nem sempre encontra quem mereça as nossas palavras, não admira que custe a encontrar quem mereça o nosso corpo. Entre tanto cada um cada cuida do que tem da forma como quer.
Tudo isso é tão complicado, o Amor é tão complicado, mas banalizaram ele e agora parece mercadoria a granel. Não é válido alguém para chamar de "Meu Amor", mas sim Alguém.
O título é o nome de uma crônica do Arnaldo Jabour e recomendo a todos.
7 de dezembro de 2009
Dois cães furiosos e um desesperado entre eles


Eu disse num texto anterior sobre o meu cachorro – Luke Skywalker – pular o muro para dar suas voltas pelas ruas do bairro sem minha permissão. Bom, um dos meus vizinhos tem um cão com o mesmo dom pelas alturas, e igualmente feroz.
Num domingo de dezembro estava eu fazendo aquela limpeza de papeis que jogamos alguns no lixo e outros deixamos para jogar na próxima limpeza, quando ouvi no fundo do quintal sons que parecia briga de cachorros. Mas como se só tenho um cão em casa? perguntei. Corri imediatamente e vi, o Luke e o enorme cão branco do vizinho tentando arrancar o pescoço um do outro. Tentei sem sucesso separar o dois com gritos, um pedaço de madeira e um pouco de desespero.
Sem saber o que fazer, fiquei aliviado quando o cão do vizinho caiu na fossa que estava por causa das chuvas entreaberta, e por sorte dele quase seca, servia apenas para escoar a água da pia que quase nunca era usada por preguiça de não lavar a louça. Tremendo peguei a corrente, amarrei o Luke e coloquei-o dentro de casa, tranquei todas as portas e corri para a casa do vizinho pedir ajuda. Para azar meu, que pretendia andar um pouco à toa à tarde, não tinha ninguém em casa, eu soube que o rapaz fora fazer a prova do ENEM, iria demorar um pouco.
Voltei correndo, lembrei que não tinha trancado uma das janelas receando uma fuga do Luke para o quintal e consequentemente para o outro animal nada amigável. Antes de abrir o portão eu temia que o cão branco estivesse escapado de sua armadilha e poderia estar andando pelo quintal, não a minha espera, mas não queria arriscar. Averiguei. Não tinha perigo. Entrei em casa, tranquei a janela, o cheiro de sangue penetrava todos os cômodos e o Luke arrastava a corrente rosnando pela cozinha, eu percebia enorme vontade dele de se encontrar com o outro para terminar o que começaram.
Eu gostaria apenas que o cão branco saísse da fossa e fosse embora, eu me sentia uma criancinha abandonada, eu é que não ia mexer com o cão branco do vizinho, não estava disposto a levar uma mordida. Em determinado momento achei que ele tinha saído do buraco e estava andando pelo quintal, a sensação de estar ilhado era assustadora, nem Internet eu tinha, meu telefone estava sem crédito e com a bateria descarregada, até a televisão que não era minha, pegava apenas um canal: imagem ruim e programa horrível.
Mas, como todo e qualquer problema, foi resolvido, quase à noite quando o dono do cão branco chegou. Então fui dar minha volta à toa e todos viveram felizes para sempre, alguns com um pouco de sangue no pelo, claro.
1 de dezembro de 2009
Licenciado, Bacharel ou mais um de Nível Superior?


Como pode em um curso superior que "visa" a formação de "dignos" professores, onde temos Operários providos grande de capacidade intelectual, mas sem um mínimo de empenho em executar os operações que seguem uma ementa que ainda por cima é falha o que será então de um Operador que não está "nem aí para a bagaça". E

Imagino que se estamos em um curso para formação de professores temos que tirar todo o proveito e exigir por melhores condições para uma formação de qualidade. Veja só o que temos, um Coletivo que não deixa de ser Consumidor e Operadores que deixam os ventos levarem, claro que não quero generalizar, mas como explicar se não temos melhorias na Linha de Produção, então fica bem próximo do geral, não é?
Quem tem o poder de começar a fazer a diferença é o Coletivo e ainda mais o Consumidor ligando para o SAC dessa Fábrica mesquinha e exigir a reposição do produto defeituoso.
"Nos querem todos iguais. Assim é mais bem fácil nos controlar."
30 de novembro de 2009
Como não pegar Câncer


Rir é o melhor remédio, dizem. E concordo, mas é um remédio preventivo, pois ele previne que nos tornamos doentes e hipocondríacos quando deveríamos estar vivendo. E viver é o que devemos fazer. Muitas pessoas não vivem, sobrevivem, isso acaba com qualquer sentido que damos para a vida.
Um dia, você pode acordar com um câncer ou uma “doença de verdade” e será tarde demais para prevenir o que já aconteceu. Voltar no tempo não dá, nenhum “cientista louco” ainda não inventou um Delorean, e talvez nunca inventará. Então, ria de sua desgraça, se seu braço se deslocar ria, faça uma piada, a dor até diminui, e seus anticorpos agirão mais rápido na cura, ou quase cura.
Alguém disse uma vez, não me lembro quem, que o dia em que não demos uma risada, não valeu a pena. Então faça seu dia valer. Já que você está aqui, aproveite, curta a festa que é viver e deixe os problemas se resolverem ou resolva-os de uma vez. Pare de se lamentar e se fazer de vítima de você mesmo.
A pior coisa que pode acontecer com uma pessoa é passar por aqui e não fazer nada que valha a pena. Isto é ser um ser descartável e inútil, é ser alguém que está ocupando o lugar de outro que poderia estar descobrindo a cura de doenças incuráveis, poderia estar pulando de bung jump, poderia estar lendo Cem Anos de Solidão, poderia estar namorando um ente amado, poderia estar filmando nuvens de uma tarde clara e quente, poderia estar vivendo.
Não seja descartável e inútil, não seja doente, ocupa seu lugar da forma como deve ser ocupado, faça algo de útil, nem precisa ser para a humanidade, pode ser a você mesmo, por que se você ficar doente por preguiça de viver, não me peça ajuda, este é o preço que se paga por fazer da vida um saco plástico de mercado onde se encherá de lixo sem nenhuma utilização posterior. O lugar posterior é o lixão, ou, o cemitério.
Eu não quero pegar nenhum câncer, quero viver até me tornar um velho sábio que passou pelas mais espetaculares experiências que uma pessoa pode viver. Quero olhar para trás e ver que o meu passado foi vivido, e não sobrevivido.